city-scape

terça-feira, outubro 18, 2005

 
RIO DE JANEIRO

Um poema no feminino, solto de falas, de gestos, de cores.
Vestida de sépia se sobe o morro …manchada de verde se vista do céu.
Lugar de medo, de vida a mais, preenchida pela dor de muitos, vontade de poucos, sorte de todos.

Pincelada de urbano em mar de tinta.
Polegada marcada por dedos sujos que rodam imagens carregadas, pisam os entres, trilham os altos.

Hipótese de sonhos nunca concretizadas, percurso de tempo pensado em derradeiros ou longos momentos…história contada aos que nada sabem. Memória dos que sabem, momento.

Cidade de riscos planos, recortes macios, tumultos falhados, vultos morenos, rostos salgados.
Cidade de povo escuro, de sorriso escorregadio e olhar apertado. Cidade que escuta, que vigia, que vende, que vive. Que celebra e manifesta.
Cidade que foi. Cidade que, hoje, é.


Joana Simões
(texto entitulado 'O Rio de Janeiro continua lindo'_ Gilberto Gil
publicado no jornal 'TGV', FAUP em Janeiro de 2005)





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