city-scape

segunda-feira, outubro 17, 2005

 
ZURIQUE
É para mim sinónimo de boa vida. Vivi 1 ano a 1 hora de Zurique, por isso ia lá algumas vezes. Saír à noite, passar o dia, apanhar o comboio ou avião para outro sítio qualquer. Algumas destas idas a Zurique correram francamente bem, por isso tornou-se para mim uma cidade simpática e positiva. A opinião que temos dos sítios depende em grande parte da experiência que lá vivemos. Os lugares nem sempre mudam, mas as circunstâncias sim. Trabalhando durante a semana em Basileia e fugindo para Zurique de vez em quando nos dias livres, fez com que associasse esta cidade ao descanso e divertimento.
Um dia passado nas ruas comerciais, ricas, carros extraordinários, gente bem-parecida, cosmopolita, materialista, snob. Olhar o lago, passear no parque e visitar a última obra de Le Corbusier. Entrar numa óptima livraria, lanchar na confeitaria mais chique a que já fui. À noite jantar Kebab, iniciar itenerância de bares, despreocupados, mesas corridas, pesadas, mobiliário diverso, antigo, posters nas paredes, luz de velas, sorrisos, muito frio lá fora. Dançar em grupo, ser bem recebido, ouvir um concerto num último piso de uma casa qualquer com jardim. Beber um copo debaixo da copa de uma árvore gigante e de seguida ir à Supermarket com ténue noção das coisas.
Zurique é uma cidade segura, é possível dormir num parque de estacionamento dentro do carro e aproveitar o dia seguinte nas margens do lago, fazer amizades e cultivar o corpo e o espírito. Participar na Footjam 04, fim-de-semana completo na Rote Frabrik, descontracção, desporto e convívio. Definitivamente também a Street Parade 04 ficará para sempre na memória, a viagem de comboio em grupo, os shots de absinto, a música imparável e o desfile de personagens calorentas na estação central, um dia sem regras na Suiça. À noite, uma festa da espuma, um relógio a menos, peças de roupa, chinelos, ambos os pés cortados mas a certeza de uma grande diversão. 1 ano antes, em circunstâncias muito especiais, vida Erasmus, fui a Zurique buscar lâmpadas para uma festa à empresa que ilumina os maiores eventos da região. Um Clio vermelho, eu e duas amigas mais altas. Chegar à noite, ir beber um Porto nesta companhia, no dia seguinte acordar com a certeza de vir a ter histórias pra contar. Não há nada como ter a espontaneidade de apostar e a felicidade de ganhar.
Paulo Moreira





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