city-scape

segunda-feira, novembro 28, 2005

 
BUDAPESTE por Paulo Moreira

Gosto de não ver tudo quando visito uma cidade. Ver só uma parte. Ir a algum lugar sem propósito, simplesmente passar por lá e ficar com uma ideia. Ir a algum lugar propositadamente para entrar num edifício específico.
Em Budapeste foi assim. Na primeira vez eramos estranhos, ausentes, vagueávamos pelas ruas observando aqueles muros desfeitos pelo tempo, uma cidade que se percebe que já foi capital de um Império.
A primeira impressão não foi positiva. Assistimos a um assalto, espero que tenha sido só isso. Saír à noite –a noite de Budapeste... – acordar tarde, internet, almoço, deambular e tirar fotografias. Esquecemo-nos de ir às termas, mas não fiquei preocupado porque assim tinha motivos para voltar.
No ano seguinte, numa quarta-feira de Julho, um amigo perguntou-me: ‘Queres ir para Budapeste amanhã?’. De facto fomos. Convém esclarecer que na altura vivia em Basileia e nos fins-de-semana apetecia-me viajar, felizmente tinha dinheiro para isso.Encontrei uma cidade muito diferente, já sem os montes de neve preta nos passeios que havia na primeira visita. Agora estava calor, o BudahBeach era ao ar livre, as três termas a que fomos tinham cada uma o seu encanto, não consigo decidir qual a que mais gostei. Uma certeza pelo menos tenho: sente-se ali uma atmosfera qualquer que me fez lembrar as montanhas de Vals. Tudo fazia sentido, as coisas relacionavam-se, é isso que procuro.





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