MILANO por Teresa Ferreira
Andar anónimo na rua, em passo rápido, cruzando pessoas de todos os tipos e raças, identificando cheiros, '
buongiorno grazie' e pegar no jornal do metro, entrar no tunel, ver a luz outra vez, chegar ao destino, procurar nervosamente moedas, enfiar na máquina,
capuccino con cioccolato...
Sair do destino, escolher entre um
happy-hour, um restaurante étnico económico, uma sessão num ciclo de cinema, um espectáculo, um passeio no centro ou uma ida ao
supermercato mais próximo, se o
frigo estiver vazio...
Sentir ainda adrenalina viciante de descobrir diariamente coisas novas, um pormenor de cidade, uma coisa que se come, uma pessoa, um lugar de que se gosta e que se quer levar consigo para sempre.
Assistir com prazer a uma convivência de aparentes opostos: restos romanos e arquitectura moderna, edificios
liberty, arranha-céus, lojas
fashion de roupa e design, as galerias
Vittorio Emanuelle, a nova feira do Fuksas, o Castelo Sforzesco, o salão do móvel, o mercado de antiguidades nos Navigli, a Galeria Armani do Tadao Ando, a ultima ceia do Leonardo, o Pirelli, o Duomo, a Biccoca do Gregotti e a ópera no Scala....
Aproveitar tudo aquilo que uma grande cidade não periférica pode oferecer, por uns tempos...